Ecos dos encontros


O Pasteur Laurent Schlumberger, presidente da Igreja Protestante Unida de França, esteve em Taizé para uma curta visita pessoal. Animou um ateliê sobre as consequências dos recentes acontecimentos trágicos em Paris. O Robin, um jovem francês, escreveu depois deste ateliê:

Os acontecimentos trágicos de Paris tocam-nos como homens, como crentes e como cristãos. A nossa partilha aprofundou a reflexão e abordou várias questões. Enquanto homens, ficamos chocados perante a violência e o medo. Enquanto crentes, a nossa solidariedade é total para com todos os muçulmanos que não se reconhecem nestes actos e que procuram, pelo testemunho da sua vida, mostrar que Deus é apenas amor. Finalmente, enquanto cristãos, temos uma sensibilidade muito especial perante a blasfémia e a caricatura. Jesus Cristo caricaturava a sociedade do seu tempo com as suas parábolas, foi julgado e condenado à morte por blasfémia, «porque se fez Filho de Deus» (João 19.7).
 
Depois das grandes manifestações de 11 de Janeiro, podemos ver, para lá da defesa da liberdade de expressão, um desejo de unidade e de diálogo. Numa sociedade com falta de referências e desamparada perante a violência, será que os cristãos não têm um papel nesta procura comum de fraternidade no seio da família humana? Será que ousamos dialogar com aqueles que nos estão próximos e também com os membros das comunidades muçulmanas que existem perto de nós?

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